I Pe 1:1 a 10 Provação e Deserto
São experiências comuns em nossa vida cristã. Como
compreendê-las e vencê-las?
A Bíblia ordenando-nos alegrias nestas horas (Tg 1:2, I Pe
4:12-13). O que é provação e tentação? Provação e tentação são a mesma coisa?
Há diferenças? Porque em algumas Bíblias aparece a palavra tentação, e em
outras o mesmo texto apresenta a palavra provação? Na Bíblia a palavra
traduzida como tentação ou provação é a mesma: “peraismos”. Quer dizer teste,
prova. Há vários tipos de provas a que podemos ser submetidos: perseguições,
doenças, problemas sérios, oposição desencadeada por Satanás, aparente
distância de Deus, etc…
Todos estes tipos de testes são “provações”. Há um tipo
especial de provação, que é aquela desencadeada por Satanás, visando nossa
derrota e valendo-se de uma cobiça interior nossa para acenar-nos com algo que
tenta induzir-nos ao pecado. Esta prova é uma “tentação”. Este tipo maligno de
“peraismos” Deus não faz. É o que diz Tiago 1:13-15. A diferença entre tentação
e provação é mais didática do que prática, pois frequentemente se confundem.
Toda tentação é uma provação e toda provação pode vir a ser uma tentação. Basta
para isso que Satanás nos induza ao pecado, em meio à provação.
Vide o exemplo de Jó, que sendo provado foi tentado, Jó 2:9.
A aparente distancia de Deus, também é às vezes um teste, visando provar nossa
fé em suas promessas constantes. Este teste é o que chamamos “deserto espiritual”,
sensação de vazio.
QUAIS AS CAUSAS DE NOSSAS PROVAÇÕES?
1° O mundo:
Depois do pecado este mundo foi condenado a cardos e
abrolhos, tristeza, dor, morte, aflição, desamor, ódio, egoísmo e toda sorte de
males. O mundo está preso a isto até o dia de sua transformação (Rm 8:19-22).
Mesmo nós, crentes e salvos, enquanto vivermos neste corpo e neste mundo
estamos sujeitos a estes sofrimentos, Rm 8:23. As aflições são marcas deste
mundo. (Jo 16:33), e Deus não pode fornecer agora um mundo perfeito a todos nós
imperfeitos. (Ex.: Dois jovens crentes amam a mesma moça, e oram a Deus, cada
um pedindo que Deus lha dê, livrando-o da aflição de esperar por ele. Como Deus
solucionará isto?). Sofrimentos inerentes ao mundo imperfeito, com homens
imperfeitos: doenças, intrigas, dificuldades financeiras, guerras, catástrofes,
etc, também os crentes passam porque estão neste mundo.
2° Satanás:
Ele é o príncipe deste mundo, e tenta afastar o homem de
Deus principalmente os salvos. Assim, além de seu grau de ódio normal contra o
homem, há uma oposição mais ferrenha contra nós. Ele produz toda sorte de
tentações que possamos imaginar (I Pe 5:8, II Tm 3:12, Lc 22:31).
3° A permissão e o
controle de Deus:
O que diferencia o filho de Deus, salvo, do ímpio é que os
sofrimentos inerentes a este mundo, e os ataques de Satanás, só são feitos sob
a permissão e o controle de Deus, chegando somente ao ponto máximo de nossa
resistência, sem ultrapassá-la. Além disto Deus nos fornece nesta hora poder
para escape, servindo-nos tudo isto como teste de fé, I Co 10:13. Deus é fiel!
A nossa garantia e descanso nas horas de sofrimento e provação, é fidelidade de
um Deus eterno, amoroso, e que não mente Hb 6:18. Basta a você, a garantia da
Palavra de Deus? Você confia na sua fidelidade? II Tm 2:13. Porque
Deus permite
as provações? Quais são seus objetivos? Qualificar nossa fé – I Pe 1-7 como o
ouro é provado valioso pelo fogo, e ao mesmo tempo é purificado de
impurezas.Tal sucede com nossa fé. A provação é o fogo (mesmo que seja aceso
por Satanás). Multiplicar nossa fé – Como um músculo é exercitado com pesos e
esforços para crescer, assim a fé, para que não se atrofie precisa ser
exercitada com “pesos”. “O justo vive pela fé” – quanto mais fé, mais vida.
Quanto mais provação mais fé e mais vida. Produzir virtudes em nós – Tg 1:3 e
4, Rm 5:3 e 4. Recompensar-nos no fim de tudo – Tg 1:12, I Pe 1:7, I Pe 1:13 e
14, I Pe 5:10, Rm 8:18, II Co 4:17. Torna-nos íntegros – Tg 1:4, integridade é
mais valioso do que inocência. Integridade é manter-se reto diante de provas.
Revelar atributos – Há atributos de Deus que só conheceremos nas provações.
Amor, perdão, poder… Corrigir-nos e disciplinar-nos – Hb 12:4-8. Glorificar o
Seu Nome – Jo 9:3 e 11:4 Conduzir-nos a Ele, buscando-O nas horas difíceis (Sl
34:6, Sl 119:71).
O QUE É DESERTO?
Porque algumas vezes nos sentimos vazios: Frios, Deus parece
que não nos ouve? Deus está conosco, Jesus prometeu estar conosco todos os dias
até a consumação do século, o Espírito Santo faz morada em nós. Portanto a
Trindade está sempre conosco. No entanto eu posso sentir isto ou não. Posso ver
isto ou não. Quando eu não sinto ou não vejo Deus comigo (Deserto), me vem uma
sensação de vazio e frieza espiritual.
Mas Deus não quer isto, Ele quer que pela fé (Hb 11:1) eu
cria que Ele está comigo, e haja abundância de vida mesmo no deserto (Sl 84:6)
Jó 35:14. Deserto é dificuldade de ver e sentir Deus presente, embora Ele
sempre esteja (Sl 34:18). Há 3 causas diferente de Deserto: Deus nos faz passar
por momentos assim: Se Deus quer trabalhar em nossa fé, e fé é ter convicção de
fatos que não se vêem, muitas vezes Deus permite que não o sintamos presente
para lançarmos mão de fé.
“Ele está aqui, embora não o sinta”.
Exemplo: Ex 14; 15:22,27; 16:12; 17:1, Dt 8:15 e 16, Mt 4:1,
Sl 23:2-4, Jr 17:7 e 8, Mt 14:22-25. Pecados ou voluntários afastamentos de
Deus. Este tipo de deserto não é propriamente uma provação mas conseqüência de
derrota espiritual.
O pecado afasta-os de Deus, e o abandona da oração e da
leitura da Bíblia, nos traz também frieza espiritual.
II Sm 11; 12:6; Sl 51:11. Peculiar característica física ou
temperamental.
I Rs 19:4. Elias era homem de Deus e muito abençoado. Não
fora Deus quem o conduzira ao deserto, e nem pecado, mas um problema, uma
ameaça o fez entrar em depressão. Elias era um Melancólico. Todos temos um
pouco do temperamento melancólico, mas há pessoas marcadamente melancólicas,
que constantemente estão em desertos.
Os melancólicos são introvertidos, escrupulosos,
meticulosos, exigentes, pensadores, auto depreciadores.
Para mudar seu temperamento leia: Temperamento controlado
pelo Espírito e Temperamento transformado pelo Espírito.
COMO AGIR NOS DESERTOS
Usar a fé e não sentidos II Co 5:7, crer que Deus está ali
mesmo que não o veja ou o sinta. Manter vida devocional, mesmo que não haja “o
calor da sua presença”. Preservar enquanto durar o deserto.
O de Jesus durou 40 dias. O dos Judeus 40 anos. O seu durará
enquanto você necessitar. Se houver pecado, confesse-o. Se estiver doente vá ao
médico. Deixe o Espírito mudar seu temperamento, se for este o seu caso.
COMO AGIR NAS PROVAÇÕES DE MANEIRA GERAL?
Confiar nas promessas.
I Co 1:13, I Pe 1:5, I Pe 4:10, Mt 26:20. Perseverar ao lado
do Senhor, descansando – I Pe 5:7. Opondo-se e resistindo ao diabo e às
tentações.
I Pe 5:8 e 9, Tg 4:8. Alegrar-se nas bênçãos provenientes
das provações
I Pe 1:6.
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